Os filmes estão sendo exibidos em diversos espaços culturais, incluindo salas de cinema, auditórios universitários, centros comunitários e escolas. Além disso, parte da programação está disponível online, facilitando o acesso de pessoas de diferentes regiões do Brasil e do mundo. O modelo híbrido, que combina atividades presenciais e virtuais, é uma das apostas da edição de 2025 para ampliar a participação do público e fortalecer a missão educativa do festival.

De acordo com os organizadores, o FICAS tem como objetivo ir além da exibição de obras audiovisuais. O evento se propõe a ser um espaço de formação, engajamento e troca de experiências, conectando diferentes setores da sociedade em torno de um tema comum: a sustentabilidade do planeta. “Nosso papel é promover o diálogo entre arte, ciência e sociedade. O cinema é uma linguagem poderosa que permite tocar as pessoas de forma emocional e, ao mesmo tempo, provocar reflexões profundas sobre a realidade que enfrentamos”, explica Andréa Mello, diretora do festival.

A curadoria do FICAS 2025 selecionou obras que se destacam não apenas pela relevância do conteúdo, mas também pela qualidade estética e narrativa. Entre os títulos apresentados, há desde documentários investigativos até filmes experimentais, curtas de animação e registros de iniciativas sustentáveis em comunidades tradicionais, urbanas e rurais. Muitos dos filmes são inéditos no Brasil e contam com a presença de seus realizadores para conversas e debates após as sessões.

A cerimônia de abertura ocorreu em um espaço cultural na capital e contou com a estreia de um documentário nacional que acompanha os impactos das mudanças climáticas em uma comunidade litorânea ameaçada pela elevação do nível do mar. O evento foi seguido de um painel com especialistas em meio ambiente e representantes da comunidade retratada, proporcionando uma rica troca entre o público e os convidados.

Além das exibições, o festival promove atividades paralelas, como oficinas de audiovisual com temática ambiental, mesas-redondas sobre políticas públicas de sustentabilidade, rodas de conversa com lideranças indígenas e painéis sobre inovação verde. Essas iniciativas buscam fortalecer a educação ambiental e estimular ações concretas nos territórios onde o festival está presente.

O FICAS 2025 segue até o fim do mês, com previsão de levar sessões itinerantes para outras cidades, escolas públicas e comunidades que muitas vezes não têm acesso regular à produção cultural e cinematográfica. A ideia é fazer com que o festival seja um agente de transformação também fora dos grandes centros urbanos, ampliando o alcance da mensagem ambiental.

Toda a programação está disponível no site oficial do festival, onde o público também pode se inscrever gratuitamente para assistir aos filmes online e participar das atividades interativas.

Com uma abordagem acessível e conteúdo de grande relevância, o FICAS 2025 se firma como um espaço essencial de debate e sensibilização sobre os desafios ambientais do presente. Mais do que um festival de cinema, é um convite à reflexão coletiva e à construção de um futuro mais justo, equilibrado e sustentável para todos.