Nvidia supera Microsoft e conquista o posto de empresa de maior valor dos EUA
A Nvidia alcançou um marco histórico ao assumir a liderança como a empresa de maior valor de mercado dos Estados Unidos, desbancando gigantes como a Microsoft e a Apple. O feito ocorreu no início de junho de 2025, com as ações da empresa fechando em alta, refletindo o entusiasmo do mercado com o desempenho e as perspectivas da fabricante de chips voltados à inteligência artificial (IA).
Valorização expressiva impulsionada pela IA
No encerramento do pregão do dia 5 de junho, as ações da Nvidia atingiram US$ 141,40, elevando sua capitalização de mercado para cerca de US$ 3,444 trilhões. Esse número colocou a companhia à frente da Microsoft, que acumulava US$ 3,441 trilhões, e também superou a Apple, que nos últimos anos alternava posições no topo.
Esse crescimento é um reflexo direto do domínio da Nvidia no fornecimento de unidades de processamento gráfico (GPUs) para aplicações de inteligência artificial. O atual cenário tecnológico, marcado por uma corrida entre empresas para integrar IA em seus serviços e produtos, fez disparar a demanda pelos chips avançados desenvolvidos pela Nvidia.
Resultados acima das expectativas animam investidores
O desempenho da empresa no primeiro trimestre fiscal de 2025 impressionou analistas e investidores. A Nvidia registrou uma receita de US$ 26 bilhões, com lucro líquido de mais de US$ 14 bilhões — um aumento de mais de 600% em relação ao mesmo período do ano anterior. O mercado respondeu com euforia, impulsionando uma valorização expressiva das ações em poucas semanas.
Além disso, a empresa anunciou planos ambiciosos de expansão, incluindo novos centros de dados, parcerias estratégicas e lançamentos de chips de próxima geração, como o aguardado Blackwell, que promete dobrar a performance dos modelos atuais.
Jensen Huang: de imigrante humilde a líder visionário
Grande parte do sucesso da Nvidia é atribuída à liderança de Jensen Huang, CEO e cofundador da empresa. Nascido em Taiwan e criado nos Estados Unidos, Huang fundou a Nvidia em 1993, ao lado de dois engenheiros, com a visão de transformar a computação visual. No início, a companhia se dedicava ao mercado de jogos eletrônicos, mas ao longo dos anos, Huang liderou a transição para o mercado de IA e data centers, uma jogada que hoje se mostra altamente estratégica.
Huang se tornou uma figura emblemática do setor de tecnologia. Frequentemente comparado a visionários como Steve Jobs e Elon Musk, ele é reconhecido por sua habilidade de antecipar tendências e tomar decisões ousadas. Sob sua liderança, a Nvidia deixou de ser apenas uma fabricante de GPUs para gamers e se consolidou como pilar central da revolução da IA.
A dependência da IA e os desafios geopolíticos
Embora o cenário atual seja amplamente positivo, a empresa enfrenta desafios. Um deles é a dependência excessiva do setor de IA generativa, que ainda está em fase de amadurecimento. Além disso, a Nvidia lida com tensões geopolíticas, principalmente em relação à China. Restrições impostas pelos Estados Unidos à exportação de chips avançados para o mercado chinês podem impactar as receitas da companhia.
Jensen Huang já se manifestou contra essas barreiras comerciais, afirmando que a China é um mercado essencial para o desenvolvimento e pesquisa em IA. Ele alerta que essas restrições podem isolar os EUA de uma parcela significativa da inovação tecnológica global e abrir espaço para o avanço de concorrentes fora do território americano.
Concorrência acirrada no horizonte
Apesar da posição dominante, a Nvidia não está sozinha. Empresas como AMD, Intel e startups emergentes vêm investindo pesado em chips especializados para IA, tentando conquistar uma fatia do mercado. Além disso, gigantes da tecnologia como Google, Amazon e Microsoft também estão desenvolvendo seus próprios chips personalizados, buscando reduzir a dependência da Nvidia.
Ainda assim, os analistas permanecem confiantes. Muitas casas de investimento aumentaram as projeções para o valor das ações da Nvidia, com alguns prevendo que a empresa possa ultrapassar os US$ 4 trilhões em valor de mercado até o final de 2025, especialmente com o lançamento da nova geração de processadores.
Uma nova era para a tecnologia americana
A ascensão da Nvidia simboliza mais do que uma valorização no mercado de ações. Representa uma mudança de paradigma na economia digital, onde a inteligência artificial se torna o principal motor de inovação, superando setores tradicionais como software e hardware convencionais.
Com produtos essenciais para o futuro da computação, uma liderança estratégica visionária e uma base sólida de inovação, a Nvidia se consolida como a protagonista da nova era tecnológica. E, ao que tudo indica, esse é apenas o começo.
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